terça-feira, 4 de dezembro de 2007

À espera

Imagem: João José em http://www.flickr.com/photos/joaojoselopes


À Espera!
espera!

esperas?


mas porque te sentas?
espera de pé,
caminha pela estrada,
apanha as folhas,
solta-te,
sente o chão,
sente o frio,


mas levanta-te,
não esperes sentado,
vive o segundo,
ergue o olhar ao cheiro
da rua em silêncio,
que se esvazia na tua espera...


espera... mas não te sentes,
aí sim...


se calhar vais ver que o vento te leva a espera,
o olhar sente o acorde do violino,
que te acorda e te vai levar na corda
para te baloiçares na espera que já não é.


_________________________________
Obrigada ao meu amigo João, por mais uma fotografia que me encanta sempre.

17 comentários:

Anónimo disse...

esperança, reacção, força, vida no horizonte, energia... foi o que senti nas tuas palavras :-)

Anónimo disse...

Fantástico! O texto é tocante...a foto emocionante!

Dá uma olhada no meu blog.

Besos,
Ina

http://outrosdemonioseamor.blogspot.com/

Anónimo disse...

Sempre bom..quando nos inspiram:)
prova de centelha divina...

un dress disse...

tratado sobre a espera.

as mulheres e a espera!

nós...




beijO

un dress disse...

linda foto. que fala*

lupuscanissignatus disse...

Ora aqui está um poema que não espera para levantar âncora e vogar pelo pensamento dentro...

Venham mais!

Nós, visitantes assíduos deste farol, cá esperamos por mais feixes de luz...

Dalaila disse...

Olá João!

a tua imagem é que me escreveu dos dedos.

Olá Ina!

tudo conjugado numas letras salteadas pelo vento

Olá Un Dress!

Nós... sem nos sentarmos...

beijo

Olá Lupus!´

Com as tuas palavras não poderei esperar sem dar largas às mãos que escrevem as letras da alma e da pele, que me fazem escrever e saltar algumas letras... que se vão conjugando a cada dia....

beijo

SILÊNCIO CULPADO disse...

Dalaila
Que poema mais belo!... Quem escreveu esta obra de arte?
Realmente a espera não pode ser o vazio e a morte. A espera não pode ser a desistência de tudo a não ser aquilo que se espera e que, por vezes, nos defrauda.
A espera não pode ser parar pelo caminho como se o tempo não fosse um bem precioso e o pudéssemos ter para sempre. A espera, para ser vida, tem que ser uma constante mas uma constante que não impeça o outro lado da vida.

Hoje no Notas Soltas temos debate sobre a legalização da prostituição. Não queres dar a tua opinião sobre este tema?http://notassoltasideiastontas.blogspot.com

Edson Marques disse...

Vive, primeiro, o segundo.
Depois, o minuto.

Abraços, flores, estrelas..

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Angustiante esta espera
De quem ainda sonha
De quem nada pode.
Angustiante esta espera
Para quem quer o bem
Para quem nada pode...
Angustiante esta espera
De quem vive e pode...porque espero?

Belo blog, belo poema, bela fotografia...

~pi disse...

beijos enquanto se espera...

Dalaila disse...

Olá Silêncio!

estas letras sairam de mim, sempre que não ponho o autor, é porque são palavras minhas...
As esperas são sempre dificeis, não podemos nunca é não fazer nada.... a locomotiva da vida, tem sempre que nos levar.

Olá Edson!

Viver, aí est´´a sempre o tónico.

Olá Atento distraído!

Olbrigada, pelas palavras...
angustiante a espera, de sabe-se lá porquê, angustiante mas não fechada.
Não se pode esperar em vão, em relaxe.

olá PI!

esses são os beijos de quem espera mas faz.

Su disse...

Letras, palavras que pairam no ar e nos acordam e nos levantam para a vida.
Tu...
sempre com as palavras certas, no tempo certo de momentos que para nós deixam a incerteza para se transformarem em força de viver.
Obrigado por tudo amiga.

AJO disse...

Quem espera sempre alcança... e quem alcança dá razão à espera... que alcances o que desejas...

Ad astra disse...

espera de pé!


Gostei imenso

Beijinho

Dalaila disse...

Olá Su!

és sempre tão meiga, com ou sem vento, sentada ou de pé.

beijo

Olá Ajo!

esperas com sentido.... não me sento... por isso espero, mas a correr no vento
beijo

Olá Ad Astra!

sentada, sem sentido, sentida.... não....

beijinho para os Açores