segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Tempo do não tempo

Há tempos para lá do que sentimos,
há mares navegados de todas as formas,
essa forma que me transformei e virei,
esse mar que me tem,
com espuma, azul, tem ondas e nevoeiros,
tem barcos, vida, tem sons ao amanhecer,
e luz ao entardecer,
é frio, arrepia, bate-me em cada onda que não existe.
Há tempos que se vive o tempo que não parou,
há tempo que pára nas horas que não existem,
há tempo que não anda, mesmo que o relógio avance,
há tempos que o tempo não percorre,
há um tempo para tudo,
há um tempo para nada,
nada que muda o tudo, neste tempo que é meu.