terça-feira, 19 de junho de 2007

A manhã


Naquele muro,
junto ao mar,
ao farol,
à luz,
aos barcos,
era manhã,
cedo,
a discussão estava no ar,
mas a vontade era grande,
a lâmina ia arrastando-se,
pelas mãos unidas,
as mãos de alguém,
e de mais ninguém...
o vermelho saltou, penetrou,
entrou, cruzou-se,
e uniu,
essa manhã, de há longos anos,
ficará sempre,
dentro dos corpos,
que a viveram...

Todos precisamos de manhãs...

2 comentários:

Ricardo disse...

Todos precisamos é de gente como tu, seja de manhã, à tarde ou à noite. Obrigado pelas palavras desta noite e de sempre. Bjo grd

Anónimo disse...

Como os meus momentos de inspiração me falham muitas vezes, e o que faria em vez de os procurar seria dar-te um abraço (daqueles)deixo-te algo tão breve mas que tudo diz:

“Sabes qual o erro que cometemos sempre? Acreditar que a vida é imutável, que, mal escolhemos um carril, temos de o seguir até ao fim. Contudo, o destino tem muito mais imaginação do que nós. Precisamente quando se pensa que se está num beco sem saída, quando se atinge o cúmulo do desespero, com a velocidade de uma rajada de vento tudo muda, tudo se transforma, e de um momento para o outro damos por nós a viver uma vida nova.”

in Vai Aonde te Leva o Coração
Susanna Tamaro

Tu és forte ... és o nosso pilar de todos os dias... e sem dúvida alguma vais encontrar essa nova vida. Uma vida de contínua busca mas de sensações e de intensidade.

Beijo. Adoro-te