sexta-feira, 12 de outubro de 2007

É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo!

Clarice Lispector

16 comentários:

Alda Inácio disse...

Amo estra citação de Clarice pois no mundo da blogosfera nem sempre é fácil dizer quem somos e como nossas palavras são um retrato de nós mesmos nos encontramos revelados por elas. Grande abraço e obrigadim pela visita, estarei sempre aqui. Alda

un dress disse...

escorregamos nas palavras.

são elas que nos comandam.

que NOS dizem.....!!?




:) beijO

eyeshut disse...

a Clarice Lispector escreve tão de dentro que, às vezes, até assusta...*

Anónimo disse...

nock!nock!nock!

Palavras, sim palvras!das maravilhosas palavras podemos fazer maravilhosas pessoas!

Mas, a tal descrição do que somos, não está unicamente nas palavras que nos descrevem, mas muito mais nos actos que as acompanham!

Por isso, neste rol de palavras, deixo um abraço, com tudo o resto que conheces de mim e da minha atitude.
Deixo um beijo, sem palavras, mas com toda a ternura do encostar da cabeça a dar um mimo e a receber mil!
Deixo uma amizade, que mesmo sem palavras, supera qualquer dicionário...

afinal, nessas atitudes que nos descrevem, somos poliglotas!!!
E tu, minha amiga, por muito que vagueies nas palavras, vais reencontrar o que de melhor há em ti.vais parar para observar e avaliar o teu trajecto. Vais adorar o que vais ver e vais lançar para o mundo as mais doeces palavras numa autocaracterização que nos vai deliciar a todos.
Força!hoje está um dia lindo.Pára só para olhar o mar e sentir esse vento forte que orienta o teu farol, mesmo que muitas vezes sem norte

Beijo!Beijo grande!Beijo do tamanho da tua altura!
eijo!

aqui-há-gato disse...

Junta tua luz à minha... E talvez o teu sentir seja o meu, e o momento... Teu... Até o meu!


Gato

Letras de Babel disse...

Eu direi, como Santo Agostinho, embora ele se referisse a outra coisa (sobre o que é o tempo):

Eu sei dizer se acredito ou não em Deus se não mo perguntarem, mas se mo perguntam não sei dizer...

Acho que se aplica isto também ao saber que responder sobre o que somos.

natura.viva disse...

Muito bonito,

Gostei da visita a este farol :) Parabéns! Voltarei

O Profeta disse...

MAs és...imensa que não há palavras...

Doce beijo

André Cunha disse...

Adoro o teu espaço...

Dalaila disse...

Olá Alda!

é verdade que pela blogosfera às vezes é dificil dizer quem somos, mas nos país das palavras e das partilhas todos nos conhecemos com o ritmo da letra.
Bj

Ola un dress!

As palavras despem-nos... às vezes!

bj

Olá eyes shut!

é verdade, temos que ir ao nosso intimo descobri-las.

Olá just a friend!

Tu conheces-me para lá das palavras, para lá da amizade para lá do meu farol, porque não é só just a friend, és alguém que gosta de se dar num encanto de uma palavra, num abraço e numa amizade incondicional.

Grande beijo.

Olá gato!

Junto a minha luz ao teu canto para que as palavras se cruzem.
O meu vento soprará em rumo de outras luzes.

Olá Letras de Babel!

Essa frase de S. Agostinho aplica-se ao tempo a nós, e faz pensar em muitas outras. Obrigada pela partilha.

Olá natura viva!

O farol que se segue pelo vento agradece a tua visita, e irá encontrar-se certamente também nas tuas partilhas.

Olá Profeta!

A imensidão de cada um traduz-se em tudo o que faz na plenitude e na verdade.

Beijo com vento.

Olá André!

Obrigada. O farol iluminou-se e ganha mais brilho.

ॐ Hanah ॐ disse...

tudo se move
assim como o pensamento
nunca sabe de onde vem para onde vai ....
somos o que somos aqui e agora,
nada mais...

Bom inicio de semana

>>>>>>>>>>

lupuscanissignatus disse...

Dizer o que somos é já deixar de sê-lo. Somos corrente de rio caudaloso. Em constante movimento. Flutuando á tona dos dias. Mas sem nunca abdicar das suas margens...

SILÊNCIO CULPADO disse...

Esta citação é extraordinária e sobre ela não há muitos comentários a fazer porque é uma citação completa. Porém à volta dela posso tecer algumas considerações sobre aquilo que somos para nós próprios, a imagem que temos de nós próprios, o que que queremos deixar transparecer de nós próprios e, sobretudo, o desconhecido que nós somos para nós próprios.

Dalaila disse...

Ola hanah!

aqui no tempo que é o nosso...

Beijo neste tempo

Olá Lupussignatus!

Sabermos o que somos, já é um princípio para que as margens não afunilem e não desmoronem... falar sobre isso... é deixarmos de ser.

Beijo de quem sou

Olá Silêncio!

Concordo... mesmo

Beijo transparente

Luis Beirão disse...

...o complicado é que não só o que sentimos se transforma lentamente no que dizemos, o pior de tudo está no inverso, no facto de o que dizemos se transformar (ou passar a ser)o que sentimos... exprimir algo é criar algo novo, pelo menos de acordo com certas teorias.

Dalaila disse...

Olá Luís!

Se o que dissermos, é a nossa voz interior, então porque não senti-la?

beijo