terça-feira, 20 de maio de 2008

Saberás?



Imagem: Fredpaq

Saberás que não te amo e que te amo
pois que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem sua metade de frio.

Amo-te para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.

Amo-te e não te amo como se tivesse
nas minhas mãos a chave da felicidade
e um incerto destino infeliz.

O meu amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso te amo quando não te amo
e por isso te amo quando te amo.


(Pablo Neruda)

Agradeço à menina pintada em tons de azul, o envio deste belo poema.

11 comentários:

Zé Carlos disse...

Este poema é muito bonito, foi uma excelente escolha ;-)
Também gostei das imagens, boas escolhas tb :-)
Continuação de uma boa semana. bjo

SILÊNCIO CULPADO disse...

Dalaila
Pablo Neruda sabe falar de amor como ninguém. Que me perdoem os outros poetas que tão bem falam de amor. Mas Neruda é único.

O amor é total nas suas ausências, umas vezes distante e outras cravado em nós, mas sempre presente para que vida possa ter sentido.
Abraço

lupuscanissignatus disse...

frágil

força

o amor

~pi disse...

rói dói de belo.

de verdade ~

Lyra disse...

Viajo no tempo e no espaço, sentindo a emoção de cada palavra aqui lida e bebendo detalhadamente as lições de vida que essa viagem me dá.

Beijinhos e até breve.

;O)

un dress disse...

sei e sinto muito.

sei ~






beijO

nana disse...

ai, dalaila, como sei

dentro

e tanto



...




um beijo
a ti.

Kênia Garcia disse...

Amar e amar.
É o que é.
Sentir sem precisar ver.

Beijos!!

K disse...

Que continues a falar (sentir) de amor assim!

Beijo

Ad astra disse...

sabes que este e um dos meus poemas preferidos ;)

Beijoca

susemad disse...

:) Não tens que agradecer!

...

Este poema é mesmo bonito e quanto mais o leio, mais o sinto dentro de mim!