Imagem: F. Pinto
Soltam-se as estrelas no céu
e levam as pessoas que nos são queridas,
há pessoas que não conheço,
mas pela história que têm,
pela doçura que falam,
pelas rugas na pele,
pelos passos que deram,
o que ensinaram a quem amamos,
o mapa que delinearam,
as estradas que percorreram,
conhecemos essas pessoas pelas outras,
e a essa pessoa que não conheço,
mas pela outra que amo,
Grito que se soltou uma estrela, e mais uma caminhou para o infinito,
que essa nunca se perde,
porque deixou memória,
e esculpiu-se no tempo.
7 comentários:
E que importante é deixar «memória»... são tão bonitas estas tuas palavras...
BJS e bom resto de semana
Belísismas palavras!
[ que em nada baste
que as pa lavras se des tapem
dos seus corações em cio
e mergulhem facilissima mente
no domínio comum das bocas
seta recta a perfurar códigos de esp aço
À todas as memórias que nos são queridas...
Beijos
Não perdemos as pessoas que nos marcam, pelo menos enquanto ainda nos restar um traço de lucidez. Adorei o texto, mesmo
Moi aussi...como todos os da Dalaila...
impossível não gostar.
CSd
Dalaila, permito-me colocar aqui um poema meu, porque me comovo.
O INFINITO PRECISA DE DOIS.
"no ondular da brisa
moldam-se as curvas das dunas.
frescuras diárias.
breves afagos.
verbos soltos.
e assim escorre o relógio da vida.
o infinito precisa de dois."
in √81 = IX ? FORMULA DO AMOR E DO DESEJO
Obrigado!
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