terça-feira, 28 de agosto de 2007

Casa por entre casas

Imagem: Cantabria, Agosto 2007

A minha casa está por entre tantas,
umas amarelas, azuis, verdes, brancas,
percorro todas as casas e encontro-me do lado de fora,
miro a janela e vejo a sombra de vida nas paredes de dentro,
deito-me na relva verde, olho o céu azul, embrulho-me no manto da montanha,
percorro as ruas de noite e dia,
e, procuro a minha casa,
procuro a luz de dentro,
que me chame pela porta,
sem campanhia quero entrar,
pela janela rasgada do telhado,
onde o meu miar se ouvirá na noite quente, e na manhã fria,
esta minha casa, por entre as ruas,
por entre avenidas,
perdida do mundo,
e achada dentro de mim,
é a minha casa de papel, de madeira,
de folhas, de companhia, de sinos,
de pulsar a vida, que me encoraja a dormir todos os dias.

6 comentários:

Anónimo disse...

Na tua casa, de papel, folhas, vidro...mora quem deixas lá morar!Na tua moradia, entra a quem abres a porta!
O teu refugio, será sempre um lar pois acolhes-nos sempre com todo o glamour digno de uma senhora!

Sei que quando bato à porta, ela abre-se, aclhes-nos e abraças sem juizos de valor!

Acima de tudo, a nossa casa é aquilo que nós fazemos dela.

A ti, à tua casa, ao teu espaço, desejo tudo de bom, pois nessee lar eu também quero morar!

Gosto muito de ti... por muito distante e ocupada que ande!

beijinhos, anfitriã de afectos!

Dalaila disse...

My just a friend, tu moras, tu resides, as cores das fachadas ficam brilhantes perante as tuas palvavras, abrem-se as portas com o vento, para que faróis como os teus entrem, iluminem, encoragem, o meu barco a ter sempre o rumo do norte, ou seja sempre da minha casa e do meu lar, que são os vossos sempre abertos braços.

Beijinho

lupuscanissignatus disse...

A Cantábria é uma casa coberta de verde...

E, pelos vistos, inspiradora para outros lares. :)

Obrigado pela partilha.

Dalaila disse...

Olá Lupussignatus!

A Cantábria por onde caminhei entre o verde, cobriu-me, e quem nos cobre acolhe e quem mais nos acolhe que não sejam os lares abertos.

Obrigada.

Su disse...

Na tua casa, onde também eu já morei, e na qual me abriste a porta encontra-se uma explosão de luz, de cores e de música. É lá que acolhes da melhor das formas quem te pede a mão. É lá que está o teu pequeno grande mundo. Onde guardas os teus tesouros.

Dalaila disse...

Su, A minha casa é o meu coração!por isso é lá que guardo todos os meus sonhos e memórias como as marcas das pessoas que por lá vão passando, na minha casa. A porta está sempre a berta a ti.