segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Farol enterrado na areia


O Farol de Rubjerg Knude foi construído em 1899 no alto de uma colina, a cerca de 60 metros acima do nível do mar, numa península fria da Jutlandia na Dinamarca.

Iniciou a sua luz em 27 de Dezembro de 1900, os barcos detectavam a sua luz a cerca de 40 km.

As tempestades de areia foram cobrindo o farol, até que em 1968 a sua luz deixou de ser visível, funcionando como museu até 2002, ano em que a duna acabou por sepulta-lo.

Encontrado aqui: http://fogonazos.blogspot.com/2006/06/faro-enterrado-en-la-arena.html

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O vento sopra e sopra forte, muito forte,
as tempestades acontecem, mesmo quando não é suposto
e assim,
há faróis que se vão escondendo nas dunas,
ficam presos,
mas que a luz não se perca no horizonte,
apesar de ser fina,
míuda,
mas que cresca a duna,
até à luz,
para voltar a dar o toque de magia,
ao fio que brilhará, um dia no céu escuro...


até que soprará novamente um vento que descobrirá o manto e reflectirá a luz... na direcção de um barco que a sinta.

10 comentários:

ContorNUS disse...

Obrigada pelo apreço

Senti as tuas palavras tão próximas como o sussurrar do vento...

E hoje resgato num atalho de contornus a tua luz poética

SILÊNCIO CULPADO disse...

É impressionante ver um farol enterrado na areia. Um farol devia estar acima do mar, da terra e dos escombros. Um farol é para nos guiar e, por isso, não pode ficar submerso. Também este blogue passou a ser um farol nas minhas referências e nos meus roteiros. A minha alma de poeta voltará aqui.

Luis Beirão disse...

Interessantíssimo !
Mesmo enterrado 8e sobretudo por causa disso), a beleza desse farol continua a iluminar a(s) alma(s)...

Anónimo disse...

Orientador desorientado!!!!!!!!!!!!
Em alguns momentos da vida, somos todos esse farol!

Ganda metáfora!Parabéns pela imagem.

Dalaila disse...

Olá contornus!

As palavras escritas ao vento com luz sentem o resgato dos teus contornos.

Dalaila disse...

Olá silêncio culpado!

Também o teu silêncio estridente passou a ser rota e luz do farol escrito ao vento, este norte recebe-te e acompanha-te.

Olá Luís!

Já sentia falta das tuas palavras, a beleza está na luz, mesmo que coberta.

Sempre sempre Just a friend!

Daqui se vê o quanto me conheces!

K disse...

Venha mais vento e areia, a luz deste "farol" não deixará de brilhar!
Mesmo que desorientados, basta sabermos procurar!

Dalaila disse...

olá K!

Espero que não me falte a bussola..

Beijo

Su disse...

Que um pequeno farol te tenha trazido uma grande luz e que devolva o brilho que o vento levou e esqueceu de devolver.

Anseio pela orientação de quem sempre me orientou quando também andei desorientada.

;o)

Dalaila disse...

esse pequeno farol, dado com sentimento iluminou-me, e continuar a brilhar na minha noite, na minha sala, e eu o barco que remo vou-me orientado para não embater nas rochas.