A responder ao desafio da menina de tons de azul, para que escrevesse um texto com 12 palavras a meu gosto, e que fossem importantes para mim, assim as minhas palavras são:
barco - porto-mar-neblina-bóia-horizonte-infinito-forte-manhã-farol-vento-norte
O barco saiu do porto, rebentou as ondas do mar por onde ia passando, deixava fumo das chaminés a marcar a sua rota, abria o mar em profundidade, a neblina fechava-se e abria-se - transparecia-o, ou escondia-o. O capitão velava o barco, era um barco cheio, tinha gente, que tripulava, tinha mercadorias, tinha caixas vermelhas, tinha contentores azuis, empacotados, amontoados, que se viam ao longe, quando a neblina se abria. Os outros barquinhos fugiam da onda do grande, lançavam as suas redes aos peixes que viviam no mar, e fugiam da onda.
E, assim com histórias, gargalhadas, na manhã de segunda feira o barco ia rumo ao infinito, com toda a mercadoria que transportava.
Eu via-o de longe, da praia, e via a bóia que era lançada, para alguém agarrar, mas não tinha fio, era vermelha, que subia e descia nas ondas, que a neblina deixava que se visse mesmo lá longe, a bóia continuava sempre atrás do barco sempre... e eu cá de longe via o barco e via a bóia, que chamava por mim, para que me deitasse no mar, a agarrasse, e perseguisse o barco do capitão.
Mas que bóia era essa que vigiava o barco, mas não se prendia a ele?
Os peixes saltavam no meio da bóia e mostravam a vida do mar, os pescadores na praia lançavam as suas, mas não chegavam à bóia do capitão, porque essa esperava apenas por mim e, assim, via o navio que a transportava, e fugia com ela, e sempre que eu olhava, bem mais longe ele estava, bem mais para lá do horizonte, bem mais perto do infinito, e a bóia ia com ele.
Mas entre um segundo ou outro tudo ficou sereno, o mar deixou de ondular forte, passou apenas a sussurrar, os barcos dos pescadores começaram a aproximar-se, os peixes saltitavam menos e, o barco do capitão desapareceu como se uma fada da neblina o tivesse embrulhado, mas a bóia ficou na linha do horizonte, como se marcasse a rota do barco, ou como por e simplesmente tivesse preferido ficar!!!
E, numa manhã de segunda feira, todos os barcos do capitão desapareceram e todas as bóias ficaram.
E eu sentada no meu farol vigiava toda aquela manhã, de barcos e neblina, e o vento soprava forte, forte, soprava-me para norte, cada vez mais para norte onde ancorei, até que o barco me leve.
Eu via-o de longe, da praia, e via a bóia que era lançada, para alguém agarrar, mas não tinha fio, era vermelha, que subia e descia nas ondas, que a neblina deixava que se visse mesmo lá longe, a bóia continuava sempre atrás do barco sempre... e eu cá de longe via o barco e via a bóia, que chamava por mim, para que me deitasse no mar, a agarrasse, e perseguisse o barco do capitão.
Mas que bóia era essa que vigiava o barco, mas não se prendia a ele?
Os peixes saltavam no meio da bóia e mostravam a vida do mar, os pescadores na praia lançavam as suas, mas não chegavam à bóia do capitão, porque essa esperava apenas por mim e, assim, via o navio que a transportava, e fugia com ela, e sempre que eu olhava, bem mais longe ele estava, bem mais para lá do horizonte, bem mais perto do infinito, e a bóia ia com ele.
Mas entre um segundo ou outro tudo ficou sereno, o mar deixou de ondular forte, passou apenas a sussurrar, os barcos dos pescadores começaram a aproximar-se, os peixes saltitavam menos e, o barco do capitão desapareceu como se uma fada da neblina o tivesse embrulhado, mas a bóia ficou na linha do horizonte, como se marcasse a rota do barco, ou como por e simplesmente tivesse preferido ficar!!!
E, numa manhã de segunda feira, todos os barcos do capitão desapareceram e todas as bóias ficaram.
E eu sentada no meu farol vigiava toda aquela manhã, de barcos e neblina, e o vento soprava forte, forte, soprava-me para norte, cada vez mais para norte onde ancorei, até que o barco me leve.
12 comentários:
Gosto da tua criatividade e da facilidade com que escreves coisas simples, mas bonitas.
Um bom resto de semana. bjo
ora ai está...
o farol e a sua luz!!!
gosto das palavras
beijinhio
Vento leve leve...
lindas as suas escritas....
beijos de boa semana
Para quem tem o fermento do talento, o pão é sempre estaladiço, saboroso, e mata a fome de uma refeição de poesia.
Grande resposta ao desafio, muito bem conseguido, mais uma ves estivestes fantástica.
tanto mar... ~
Gostaria de ser bússula para nunca mais perder este norte...
Rumaste para Norte e fizeste a mais bela e bem aproveitada das viagens!Que bem que ficas a norte.Que sorte a do norte em te ter.
Vai, voa, pinta o céu com as tuas palavras.Faz delas as asas de quem te lê.
Bjnhs,
Just a friend
sentada aqui à beira do farol
viaj ar ~
beijO
Escreveste um bonito texto, recheado de palavras ondulantes e azuis!
Gostei muito.
penélope...
...ou nausicaa...
CSD
Beleza és tu, só tu.
Abracito
Olá, grande imaginação, criatividade...Belo texto e bela imagem.
Beijos
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