Imagens: Paul Baranowski
quando estás de joelhos
que és toda bicho da Terra
toda fulgente de pêlos
toda brotada de trevas
toda pesada nos beiços
de um barro que nunca seca
nem no cântico dos seios
nem no soluço das pernas
toda raízes nos dedos
nas unhas toda silvestre
nos olhos toda nascente
no ventre toda floresta
em tudo toda segredo
se de joelhos me entregas
sempre que estás de joelhos
todos os frutos da Terra.
(David Mourão Ferreira)
Frutos que se colhem pela Floresta, em qualquer época!
11 comentários:
Este poema, como outros do David, está carregado, impregnado, de uma grande dose de erotismo.
Bjs
Belo, mais palavras são desnecessárias, gostei.
Beijitos
Gostei muito das fotografias, uma excelente escolha. Confesso que o post anterior, as fotografias... arrepiaram-me, não sei, não gostei do que me fizeram pensar/lembrar.
Qt ao poema, belíssimo. Muito boa escolha. bjinho
Maravilhoso!
As fotos estão muito bonitas!
imagens & texto 5*! beijos
belo momento, mais uma vez muito bem.
im proibidos! :)
A tua paixão pelo vermelho é tal que os frutos no chão tinham que ser maças. Vermelhas.
Trémulos os ramos que o corpo tece...
Foste ao meu blogue elogiar a passeata por Madrid. Mas do que eu gostava mesmo era de ter as fotos e o bom gosto que tu tens!!!
M
Lindíssimo... resume o que senti
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