quinta-feira, 10 de julho de 2008

Amor


Imagem: Modenkind

Cala-te, a luz arde entre os lábios,
e o amor não contempla, sempre
o amor procura, tacteia no escuro,
essa perna é tua?, esse braço?,
subo por ti de ramo em ramo,
respiro rente á tua boca,
abre-se a alma à lingua, morreria
agora se mo pedisses, dorme,
nunca o amor foi facil, nunca,
também a terra morre.


(Eugénio de Andrade)

14 comentários:

Anónimo disse...

Ah! existência temporal

lábios ...

... átrios do coração.

Alexandre Nunes disse...

Que bom este blogue... vou seguir.
Até breve

Amanda Holanda Ferreira disse...

O mais belo dentre os poemas que já li até hoje de Eugénio Andrade.
"o amor procura, tacteia no escuro"
Ah, como é emocionante o amar!
Nós não contemplamos o parceiro, amamo-os com todo nosso ser.
Muito bom o seu blogger, você poderia me adicionar aos favoritos? Se gostares é claro.
Entre no Sonhando Utopias e diga-me o que acha.
Beijos.

~pi disse...

belo...

se morre... é porque viveu.

podia

até

ser

eterno




~

ROSASIVENTOS disse...

fogo

PARTO pergaminho

manhã fresca luz de ti sangue

meu nu fruto

TERRA

( às vezes... também... )

Susana Anastácio disse...

Eugénio de Andrade é o meu poeta de eleição, bela escolha, é um poema muito forte.

Beijo

quanto pesa o vento? disse...

obrigado pela partilha.
belíssima escolha:)

abraço.

Adriana disse...

Forte e significativo!gostei muito!

SILÊNCIO CULPADO disse...

Dalaila
Um poema como Eugénio de Andrade sabia escrever. O amor pleno que trepa, cai, resiste e arde. O amor tudo e só assim.

Beijos

Clecia disse...

Poema interessante. Realmente o amor nunca foi fácil e creio que nunca será.É complexo por demais. Bjos e boa semana!

Ricardo Silva Reis disse...

Excelente escolha deste belissimo poema de Eugénio de Andrade. Obrigado.
Beijinhos

susemad disse...

Simplesmente... lindo!

Luis Beirão disse...

Bonito, muito bonito.

Bjs, Luis

lupuscanissignatus disse...

vocábulos

imperecíveis