Imagem: Jean Sebastien Monzani
Desperta-me de noite
o teu desejo
na vaga dos teus dedos
com que vergas
o sono em que me deito
É rede a tua língua
em sua teia
é vício as palavras
com que falas
A trégua
a entrega
o disfarce
E lembras os meus ombros
docemente
na dobra do lençol que desfazes
Desperta-me de noite
com o teu corpo
tiras-me do sono
onde resvalo
E eu pouco a pouco
vou repelindo a noite
e tu dentro de mim
vai descobrindo vales.
(Maria Tereza Horta)
11 comentários:
Belíssima forma de começar a semana, este poema é dos mais bonitos que já li, muito boa esta tua escolha :-)
A fotografia também foi bem conseguída, gosto do verde do fundo ;-)
Uma boa semana
Gostei do poema! Muito bem escrito! Bjos e boa semana!
Escolha cuidada dum poema fortissimo.
Parabens pela preocupa�o na harmonia das palavras com a imagem. Perfeita.
Beijinhos
A fotografia não poderia ser mais adequada para um poema de Maria Teresa Horta!
Eu estou a trabalhar para ver se consigo caber numa coisa daquelas lá para o final do Outono.
Mas duvido...
CSD
Gosto do poema, gosto da foto e gosto de Faróis, ali... presos à terra e colados ao mar!
Muito bom momento.
muito sugestivo...
daí que o temperatura do sangue ande fervente... vou voltar à minha ventoínha ;)
Descobrir vales ou ilhas ou colinas(como diria o Mourão-Ferreira). O que é bom é quando se pode ter o prazer da descoberta. Muito bonito!
Bjs,
Luis
assim... :)
~
a liquefacção
da pele
oi Dalaila fiz uma etiquetagem dos meus poemas por autor, e apercebi me que uma das poetas mais cotadas é precisamente a Maria Tereza Horta. Acho q isso quer dizer q a adoro.
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