O teu sorriso
Imagens: Elene UsdinTira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
(…)
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar, a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
(Pablo Neruda)
5 comentários:
E como poderia alguém ousar sequer tirar-te fosse o que fosse?
Eu, pelo menos não.
Quem ia depois abrir-me a porta do FAROL para contemplar paisagens feitas palavras tão deslumbrantes?
Nunca teu riso nem as tuas palavras, caro farol...
belíssimo, lindíssimo, maravilhoso.
CSD
porque atravessamos com mil cuidados riachos onde os pés sobressaltam,
porque cantam as últimas chuvas enigmas de rãs e limos,
porque tudo estava há tanto tempo na mais antiga escrita, tudo, na mais antiga escrita, escrito :)
um dos meus poemas preferidos.
mas ele tirou-me o seu sorriso...
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