O INEM para os recém-nascidos!

Ao INEM para os recém-nascidos:

Era o dia 28 de Outubro de 2009,
e lá ia eu para o Serviço de Neonatologia de Guimarães,
quando lá chego pedem-me para assinar uns papéis a autorizar a transferência da Alexandra para o Hospital de S. João....
eu desatei a chorar sem parar, até que uma médica me diz: lá é que tem cardiologia pediátrica, estamos apenas à espera do INEM para efectuar a transferência.

Foi aí que conheci o Serviço do INEM para os Recém Nascidos, uma âmbulância, só para o transporte dos pequeninos, com um técnico de ambulância, uma enfermeira e uma médica:
Daí eu perguntei, posso ir na ambulância,
não não pode mas pode ir lá ter,
e a trás, de carro posso?
pode, mas nós não esperamos, nós fugimos ao trânsito.

As ambulâncias deste Sub-Sistema estão dotadas com o equipamento necessário para estabilizar e transportar o recém-nascido, utilizando tecnologia semelhante à existente na unidade de cuidados para onde a criança vai ser transportada, bem como com um sistema autónomo de telecomunicações que permite um contacto permanente entre a equipa da ambulância e o hospital.

A distância eram apenas 50 km e o meu coração disparava a cada quilómetro que passava, até que, mesmo a chegar ao S. João vejo a ambulância a passar com a pequenina Alexandra.

Já nas Urgências a médica do INEM lá me reconheceu e muito simpática disse: viu trouxemos bem a pequenina e, o técnico do INEM lá foi falando conosco até avaliarem se a Alex ficava ou voltava.

Disse-nos ele: aqui no Norte há 2 ambulâncias destas, apropriadas para o transporte de recém-nascidos para locais onde há neonatologia ou então para hospitais centrais.

Eu fiquei fascinada com aquele serviço, a rapidez, a segurança com que me disseram vemo-nos no Porto, o profisisonalismo e a simpatia daqueles profissionais, a pequenina lá ia na incubadora nesta unidade fantástica do INEM, e eu fiquei descansada porque confiei totalmente naquele serviço.

Passado uns dias já no Serviço de Neonatologia do Hospital de S. João voltei a encontrar o técnico da ambulância, quando é o meu espanto ele lembrava-se de mim, e me diz:
- a menina está melhor?
e eu com as lágrimas nos olhos, só lhe disse está e muito obrigada por tudo.

Pensei eu:
Como é possível passarem tantos bebés pelas mãos destes profissionais e mesmo assim eles lembrarem-se, são de facto pessoas especiais.

Não lhe perguntei o nome, nem onde vivia, mas não importa, porque cá dentro de nós, fará sempre parte da história da nossa Alexandra pelo carinho e profissionalismo demonstrado.



O meu, o nosso Obrigada!