Os dois corpos ondulam-se no tempo,
desesperam na angústia do tempo que lhes cabe,
que tempo irá parar os corpos?
que corpos se manterão?
Unidos, estarão sempre,
são corpos bafejados pelas ausências:
da pele,
do toque,
do contacto,
do prazer,
sãos machos,
são fêmeas,
pessoas,
jardins,
flores,
são pedras,
são tudo aquilo,
que os tempos os tornaram.
Permanecem os corpos ausentes,
continuam os presentes,
os corpos são indivisiveis,
ficam com eles,
a vontade de se ondularem,
sentirem,
bailarem,
cruzarem,
fica a vontade...
São corpos celestes,
que se abraçam nas estrelas,
que se embrulham com os planetas,
permanecem com o sol,
e procuram o meteoro,
para voltarem,
são nus,
são vivos,
são corpos.
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