por onde caminham longas avenidas,
entre verdes campos, entre montanhas que aparecem no relento das manhãs, e nas noites frias, as estradas cruzam-se em cada caminho, são estradas perdidas, que nos levam e nos transportam para outras estradas, que não conhecemos, não têm placas, nem nomes, nem destinos.
São as estradas da vida, com pontes, tunéis, claras, escuras, em alcatrão, em pedrado, ou terra batida, são as estradas que devemos caminhar, percorrer, apanhar boleia, ou parar à espera que outra estrada, outro entroncamento se cruze, se encarregue de nos fazer viajar...
ai as estradas locais de passagem, de viragem, de caminhos, de aventuras, de chão firme, ou não... que importa,
o importante é olhar a estrada, e com ela às costas no peito, andar, e ir, ir sempre, na viagem no caminho da estrada, e não fazer inversão de marcha, o que há para lá... no fim da estrada deve ser sentido, admirado, chorado, mas vivido.
ai as estradas da vida! que boas que sois, sem elas estaríamos sempre, no canto à espera de construções.
Quero ir nessa estrada, na companhia da lua da melodia dos pássaros, e derreter-me no alcatrão até me esculpir no tempo.
3 comentários:
O que importa é partir...seja lá para onde for!
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